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[OAB-BA promove roda de conversa sobre o 2 de Julho e seus impactos históricos e sociais]

OAB-BA promove roda de conversa sobre o 2 de Julho e seus impactos históricos e sociais

Encontro será realizado no próximo dia 20, na sede da Ordem, e é aberto ao público

Em celebração aos 202 anos da Independência do Brasil na Bahia, a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção Bahia (OAB-BA) realizará, no dia 20 de agosto (quarta-feira), a roda de conversa “2 de Julho: luta popular, direito e justiça social”. O evento, gratuito e aberto à comunidade, acontecerá no auditório da sede da instituição, localizada na Rua Portão da Piedade, nº 16, Barris, com início às 8h30.

O debate irá reunir especialistas no processo tratar das lutas populares que levaram à consolidação da Independência do Brasil, do surgimento do Estado brasileiro e do atual Estado Democrático de Direito. A mesa será composta pelo doutor em História, escritor e pesquisador Sérgio Guerra Filho, Luiz Cláudio Requião Filho, doutor em Geografia, professor e pesquisador; e Diego Copque, historiador, docente e pesquisador com mediação do presidente da Caixa de Assistência dos Advogados da Bahia (Caab), Maurício Leahy.

A atividade, que está em sua segunda edição, começou em julho deste ano e a iniciativa integra o compromisso institucional da entidade com a defesa da democracia e com o fortalecimento da memória histórica brasileira. “Nosso objetivo é promover uma reflexão crítica sobre a importância do 2 de Julho na formação do Estado nacional, reconhecendo o protagonismo de negros, indígenas, homens e mulheres – livres e escravizados – nesse processo”, destacou e idealizadora do projeto e secretária-geral da OAB Bahia, Cléia Costa. 

Sérgio Guerra Filho é doutor em história, pesquisador e escritor e professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Tem pesquisa na área de História do Brasil, com ênfase nos estudos sobre a Independência do Brasil na Bahia. Dedica-se à análise crítica dos processos históricos que culminaram na emancipação política brasileira, com especial atenção ao protagonismo popular e ao papel estratégico do Recôncavo Baiano.

É autor da dissertação ‘O povo e a guerra: Participação popular na guerra da Independência na Bahia (1822-1823)’ e da tese ‘O antilusitanismo na Bahia do Primeiro Reinado’, do livro ‘2 de Julho – 200 anos da luta de um povo (org) – Fundação Perseu Abramo e editora Hucitec’. Suas pesquisas contribuem para ampliar a compreensão da Independência como um processo complexo, violento e marcado por disputas locais, superando a narrativa tradicional centrada no Sudeste.

Pesquisador e doutor em geografia, Luiz Cláudio Requião Filho é professor da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). Ao longo de sua trajetória acadêmica, tem se dedicado a investigar os marcos geográficos, simbólicos e políticos da Independência do Brasil na Bahia, com especial atenção às formas como a luta emancipacionista se expressa no espaço e na memória coletiva do povo baiano.

Sócio efetivo do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB), historiador e pesquisador Diego Copque, também é professor da Uneb e atua na análise das relações entre território, memória e identidade na Bahia. Ele tem desenvolvido pesquisas que abordam o processo de Independência do Brasil a partir da perspectiva territorial, com ênfase nos caminhos, símbolos e disputas que marcam o protagonismo baiano na luta emancipacionista.

Suas investigações aprofundam a compreensão do 2 de Julho articulando passado e presente nos espaços urbanos e rurais onde a memória da luta permanece viva. É do especialista e do Consórcio Intermunicipal Recôncavo Norte a responsabilidade da ampliação do percusso do Fogo Simbólico para os municípios de Dias d’Ávila, Camaçari, Lauro de Freitas e Simões Filho.

A pesquisa realizada por Copque deu origem ao livro Presença do Recôncavo Norte da Bahia na Consolidação da Independência do Brasil, publicado em maio de 2022. Para o pesquisador, a incorporação desses municípios na programação da festa fortalece a autoestima e o sentimento de pertencimento das pessoas que vivem nessa região, valorizando a singularidade histórica, geográfica e cultural.

Já o encerramento do ciclo de debates, dia 17 de setembro, terá como debatedores o presidente do IAB e ouvidor-geral da OAB-BA, Antônio Menezes, o procurador do Estado e conselheiro federal da OAB-BA, Luiz Viana, e o professor, pesquisador e documentarista Manoel Neto.

Ao final das atividades, será produzido um relatório com propostas e recomendações destinadas a instituições públicas e privadas, com o objetivo de fomentar o reconhecimento nacional do 2 de Julho como marco efetivo da Independência do Brasil.