Seccional abriga Audiência Pública sobre a anemia falciforme
A OAB-BA abrigou na manhã desta sexta-feira (6), a primeira Audiência Pública de Saúde da Comunidade Negra com ênfase na Anemia Falciforme. O evento reuniu políticos, profissionais de saúde e representantes da sociedade civil organizada. Proposto pelo deputado federal Márcio Marinho, participaram também da audiência o secretário Municipal da Reparação, Ailton Ferreira, a Conselheira Federal Sílvia Cerqueira, a presidente da Comissão de Promoção da Igualdade da OAB-BA, Eunice Martins, além de representantes da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia, do Hospital das Clínicas e da Associação Baiana de Pessoas com anemia falciforme.
A audiência foi realizada com o objetivo de discutir enfermidades que estão proliferando nas comunidades, principalmente a anemia falciforme que comumente atinge os negros. Para o deputado Márcio Marinho, o importante é construir idéias para expandir o tratamento à doença. O secretário municipal da Reparação, Ailton Ferreira, afirmou que formar parceria com entidades da comunidade, como a Associação Baiana de Pessoas com Anemia Falciforme e outras entidades da sociedade civil é um grande passo para avançar nas políticas públicas. "Não podemos negar que o acesso defasado das comunidades negras ao serviço público de saúde é uma forma de racismo institucional e isso tem que ser combatido", afirmou Ferreira.
Sílvia Cerqueira pontuou que a proliferação desse tipo de enfermidade deve ser combatida com a "proliferação de informações sobre a doença à população negra, nas comunidades dos bairros". A médica Glória Bomfim, que atua no Hospital das Clínicas, explicou as manifestações clínicas da doença, alertando para os problemas que podem ser ocasionados aos portadores. "Devemos utilizar todas as tecnologias para evitarmos complicações tardias. Ainda temos muitos profissionais na área da Saúde que não sabem o que é anemia falciforme" afirmou a médica.
A doença
A anemia falciforme é uma doença que atinge as células vermelhas do sangue, ocasionando dor intensa, possibilitando infecções, lesões orgânicas, podendo até mesmo levar a morte. Seguindo um levantamento feito pela Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE), entre 2001 e 2008 houveram 1.724 casos de anemia falciforme na Bahia, sendo que 29,64% ocorreram em Salvador e área metropolitana.
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