Presidente da OAB diz que negar ajuda em Luziânia é vaidade institucional
Brasília, 09/02/2010 - O presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Ophir Cavalcante, disse hoje (09), que negar intervenção federal na investigação de desaparecimentos em Luziânia é vaidade. Cavalcante e o presidente da Seccional da OAB de Goiás, Henrique Tibúrcio, se reuniram com familiares das vítimas, que pediram apoio na investigação. Cavalcante defendeu que, mesmo que a Secretaria de Segurança Pública de Goiás afirme não precisar de apoio federal, a Polícia Federal tem aparato para colaborar e deve entrar no caso. "A que ponto chegamos, de ter que fazer um apelo dessa proporção. A vaidade das entidades públicas brasileiras tem que acabar".
O presidente da OAB nacional disse que falava como presidente da entidade e também como pai, que se coloca no lugar das mães dos desaparecidos e entende o seu drama. "Vamos trabalhar de forma solidária e humana para que esse caso seja resolvido", disse. Henrique Tibúrcio argumentou que deve haver cooperação entre as polícias, por mais que a Polícia Civil de Goiás tenha competência para investigar o caso.
O presidente da OAB-GO também defendeu que é preciso apurar a hipótese de seqüestro para trabalho escravo, levantada pela polícia local. "Se existe essa hipótese, a Polícia Federal deve intervir para investigar se existe essa prática na região".