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OAB-BA pede esclarecimentos ao INEP e MEC sobre problemas no ENEM

A OAB-BA encaminhou nesta segunda-feira, 08, ofício ao INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) e ao MEC (Ministério da Educação) solicitando esclarecimentos acerca dos problemas ocorridos durante as provas do ENEM (Exame Nacional do Ensino Médio) realizadas em todo o país no último dia 6, ratificando o posicionamento do presidente do Conselho Federal, Ophir Cavalcanti, que  defendeu uma ampla investigação por parte do Ministério Público sobre o caso. Segundo o Secretário Geral da OAB-BA, André Godinho, a Seccional defende a anulação do Enem/2010, a fim de garantir a isonomia para todos os candidatos e a credibilidade do certame.
A Justiça Federal do Ceará, inclusive, já acatou o argumento do Ministério Público Federal do Estado (MPF-CE) e determinou a imediata suspensão do Enem/2010 até posterior deliberação. A decisão tem efeito em todo o Brasil. Segundo o MPF-CE, o argumento é de que o erro na impressão do caderno de provas causou prejuízo para os candidatos.

Confusões
A aplicação do Enem foi marcada alguns erros, causando confusões e reclamações de muitos estudantes, que afirmam não ter recebido orientações sobre as falhas nos locais de prova.
A primeira confusão aconteceu porque, para evitar cola, o Enem tem quatro versões de prova: amarelo, azul, rosa e branco. As questões são as mesmas, o que varia é a ordem. Em milhares de casos, por um erro no encarte, folhas do caderno de prova amarelo estavam misturadas com folhas da prova branca. Com isso, estudantes se depararam com questões repetidas ou ausentes.
O outro problema está relacionado com a folha para marcar as respostas. Embora o número das 90 questões no caderno de prova e no cartão coincidissem, havia discrepância no cabeçalho do gabarito. As 45 questões de ciências humanas estavam sob a tarja ciências da natureza e vice-versa, o que causou dúvidas.
Além disso, um jornalista do Jornal do Commércio, de Recife, que se inscreveu para o Exame, divulgou através do Twitter o tema da redação da prova antes do tempo mínimo exigido para a saída da sala de aula.