Ministros do STJ prestam última homenagem a Menezes Direito
O corpo do ministro Carlos Alberto Menezes Direito está sendo velado no Centro Cultural Justiça Federal, antiga sede do Supremo Tribunal Federal (STF), no Rio de Janeiro, tribunal que o magistrado integrava após deixar o Superior Tribunal de Justiça. De lá, segue para sepultamento no Cemitério São João Batista.
Vários ministros do STJ, companheiros e amigos de Menezes Direito, compareceram ao funeral, prestando uma última homenagem ao magistrado. Entre eles, os ministros Cesar Asfor Rocha, presidente do STJ, Ari Pargendler, vice-presidente do STJ, Gilson Dipp, Aldir Passarinho Junior, Hamilton Carvalhido, Luiz Fux, Teori Albino Zavascki, Massami Uyeda, Sidnei Beneti e Luis Felipe Salomão.
Em depoimentos à Assessoria de Imprensa daquele tribunal, o presidente do Superior Tribunal de Justiça, ministro Cesar Asfor Rocha, afirmou que Menezes Direito deixou "um rastro luminoso". Para Cesar Rocha, o ministro foi um grande desembargador no Tribunal de Justiça do Rio, um excepcional ministro no Superior Tribunal de Justiça, autor de muitas teses que hoje estão consagradas na jurisprudência nacional, cuja passagem pelo Supremo também foi extraordinária. "Foi um professor cujas lições estão sendo hoje adotadas por muitos que estão na magistratura, na advocacia, no Ministério Público, nas salas de aula ensinando, nas defensorias públicas, além de ser um homem de formação cristã sólida, dedicado à família, muito aplicado, que deixa uma saudade muito grande para todos nós. Uma lição a ser seguida. Para mim, particularmente, uma perda imensa porque éramos grandes amigos."
O corregedor nacional de Justiça, ministro Gilson Dipp, que também integra o STJ e conviveu por quase dez anos com o ministro Menezes Direito, declarou que "ele foi um juiz excepcional, talvez um dos mais brilhantes e inteligentes que tenham passado pelo STJ, preocupado com a magistratura, preocupado com a sociedade e vai deixar muita saudade para nós do STJ". Para o ministro Dipp, a sua passagem pelo Supremo, mesmo que meteórica, deixou a sua marca. "A magistratura hoje tem, evidentemente, um sentimento de perda muito grande, mas nós sabemos que ele está olhando por todos nós."
Companheiro do ministro Direito desde a época de desembargador no Tribunal de Justiça fluminense, de onde ambos são egressos, o ministro Luiz Fux afirmou: "O mundo do direito perde um profissional competente, de uma exação ímpar e de extrema probidade. Um homem muito dedicado a sua função, conhecedor profundo da jurisprudência dos tribunais em que atuava e que visava exatamente uniformizar essa jurisprudência. Era um magnífico chefe de família, preocupado com todos, desde o filho mais velho até o neto mais novo. Deixa uma família muito bem construída, pessoas tão queridas quanto ele foi. De sorte que perde o universo jurídico e perde o universo humano também."