Começar de Novo abre 40 vagas de trabalho para detentos no MA
Em reunião na Federação das Indústrias do Maranhão (Fiema), no último mês de fevereiro, a coordenação local do Programa Começar de Novo apresentou o projeto aos diretores da entidade e explicou como funciona a participação do empresariado na parceria que visando à abertura de vagas de trabalho nas empresas para os detentos e egressos do sistema prisional em fase de ressocialização à comunidade.
O Programa é idealizado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e realizado no Maranhão pelo Grupo de Monitoramento, Acompanhamento, Aperfeiçoamento e Fiscalização do Sistema Carcerário do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).
O desembargador Froz Sobrinho, presidente do grupo, expôs aos diretores alguns benefícios e condições para a efetivação da parceria. "O importante é firmamos mais convênios que viabilizem o processo de reinserção social do interno e de egresso do sistema carcerário", ressaltou.
Coordenador local do programa no CNJ, o juiz Marcelo Lobão falou sobre os direitos e deveres do empregador e da facilidade do acesso ao sistema virtual disponível na internet onde é feito o cadastramento de vagas destinadas aos presos dos regimes aberto e semiaberto e aos egressos beneficiados pelo programa.
Durante a reunião, alguns empresários se mostraram sensíveis à política de ressocialização aplicada no sistema penitenciário. Foi o caso do presidente do Sindicato das Empresas de Ferro-Gusa do Maranhão, Cláudio Azevedo, que manifestou o interesse em aderir ao programa. "Depois de conhecido o funcionamento do projeto, vamos discutir, posteriormente, a melhor forma de colaborarmos para a inserção dos egressos beneficiados ao mercado de trabalho", declarou.
"A comunidade empresarial está sensível à política de ressocialização dos presos na comunidade, de modo que hoje o Maranhão é um dos estados mais avançados na execução do programa, com cerca de 40 vagas abertas nas áreas da construção civil e de fabricação de produtos de limpeza", enfatizou Lobão.
Visita - No próximo dia 8 de março, o ministro Gilmar Mendes, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF) visitará os canteiros de obras, em São Luís, onde já trabalham presidiários contratados por meio da parceria com a iniciativa privada. De acordo com o presidente do sindicato das indústrias da construção civil no Maranhão (Sinduscon), João Mota, quatro egressos já estão trabalhando em uma empresa da capital.
- No próximo dia 8 de março, o ministro Gilmar Mendes, presidente do CNJ e do Supremo Tribunal Federal (STF) visitará os canteiros de obras, em São Luís, onde já trabalham presidiários contratados por meio da parceria com a iniciativa privada. De acordo com o presidente do sindicato das indústrias da construção civil no Maranhão (Sinduscon), João Mota, quatro egressos já estão trabalhando em uma empresa da capital.A apresentação do programa no auditório da Fiema contou com a presença do presidente da entidade, Edílson Baldez das Neves; de 24 vice-presidentes e três membros do conselho fiscal; do juiz Fernando Mendonça, coordenador estadual do mutirão carcerário de presos provisórios e do juiz de Timon, Josemilton Barros.